Perfil

Dr. FERNANDO PROTA Psiquiatria Clínica e Psicanálise
CRM 94205

Formação médica e psiquiátrica Graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – U.S.P. em 1998.
Estágio em serviço de psiquiatria do Centre Hospitalier Paul Guiraud, Villejuif, França.
Residência médica em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – U.S.P.
Título de especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
Mestre em Ciências pela Faculdade de Enfermagem de Ribeirão Preto – U.S.P..
Atuou em ambulatórios de saúde mental, hospitais psiquiátricos e consultório particular, no qual trabalha atualmente em dedicação exclusiva.

Formação psicanalítica Participou da formação do Polo Ribeirão Preto e posteriormente da Iniciativa Sub-seção da Seção São Paulo da Escola Brasileira de Psicanálise.
Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e Associação Mundial de Psicanálise.
Professor dos Ciclos fundamental e avançado do instituto Centro Lacaniano de Investigação da ansiedade (Clin-a) - Ribeirão Preto.
Promove atualmente seminário sobre pulsão de morte, inscrito no âmbito da Seção São Paulo da Escola Brasileira de Psicanálise.
Participação em vários congressos e publicação de textos em revistas de psicanálise lacaniana.
Atende como psicanalista e supervisor em consultório.

psiquiatria clinica

Quando um novo paciente chega ao consultório é muito comum que eu ouça a seguinte frase ou alguma variação dela: “Eu demorei para vir porque pensava que eu deveria sair desse problema sozinho e não depender de uma medicação”. Minha resposta é: “Sim. Com ou sem medicação é você mesmo que terá que encontrar as saídas para seu sofrimento. Precisar de uma ajuda, contar com alguém ou mesmo poder contar com uma medicação não é depender, não é ser fraco, é consentir com nossos limites e se preparar para enfrentá-los da melhor maneira”.
O sofrimento psíquico corrói os laços com a vida e com os outros e é preciso que cada um legitime o que se passa consigo superando pré-julgamentos para procurar ajuda. Todo sofrimento é legitimo e merece ser escutado, reconhecido e receber o encaminhamento devido. Por vezes, esse encaminhamento é um tratamento psiquiátrico.

Os princípios que norteiam minha prática clínica são: buscar sempre o que há de melhor no estado da arte da ciência para cada patologia, estando atento e crítico às evidências científicas, porém sem me comprometer com classificações massificadoras. Cada caso é pensado em sua singularidade. Cada pessoa tem uma história com suas marcas, tem um entorno familiar construído por laços afetivos, tem seus desejos e objetivos. Tudo isso precisa ser levado em conta na construção de um projeto terapêutico.

Esta singularidade se apresenta também na resposta aos medicamentos. Temos inúmeras opções medicamentosas, porém a resposta é muito particular e a escolha da medicação correta tem de levar em conta o perfil clínico, sócio-demográfico e ocupacional de cada paciente. Assim como, a existência de comorbidades clínicas e psiquiátricas.
A individualização do tratamento é fundamental para a obtenção de bons resultados.

  • Quadros clínicos atendidos:

  • Depressão

    Transtorno Bipolar

    Transtorno de ansiedade generalizada

    Dependência e jogo patológico

  • Transtorno do Pânico

    Transtorno Obsessivo Compulsivo

    Fobia Social

    Transtornos alimentares

  • Dependências químicas

    Fobias Especificas

    Esquizofrenia

    Outros

OBS: Psiquiatria do adulto e do adolescente (acima de 10 anos)

psicanalise

“Eu sei que não deveria sentir assim, não deveria agir desse jeito, mas é mais forte do que eu”.
O que é isso que nos habita e que é “mais forte do que eu”, ou dizendo de melhor forma, mais forte do que “o” eu? Trata-se do inconsciente. Daquilo que está no meu mais íntimo e ao mesmo tempo me é o mais estranho.

Sigmund Freud, criador da psicanálise, propõe uma única regra para essa experiência de encontro de uma pessoa com um psicanalista: fale tudo o que vier a sua mente, sem qualquer julgamento. Essa regra que pressupõe uma grande liberdade de fala, baseia-se no fato de que retirando as leis sociais e narcísicas da fala, iremos tocar nas leis que realmente moldam nosso viver: as leis do inconsciente.

Grande parte da experiência psicanalítica gira em torno de se deparar com essas leis, com nossos “significantes mestres”, como diz Lacan. Esse discurso que nos fala, ou fala em nós, antes mesmo de termos nascido e que continua falando por toda a vida.

A análise busca podermos ter um grau maior de liberdade em relação a esse dicurso. Uma liberdade que pode levar a uma ressignificação desses significantes mestres ou simplesmente deixa-los cair. Nesse sentido a psicanálise é uma experiência de liberdade.

Outra parte da experiência de falar a um analista é deparar-se com algo que resta, mesmo após ressignificações e retificações subjetivas na vida. Algo que repete, sem sentido, no mesmo lugar. Um certo modo de gozar a vida. Algo que marca uma singularidade do viver de cada um. Quanto a isto não cabe nenhuma ressignificação e sim a possibilidade de um novo “saber fazer com isso”.

Nesse sentido a psicanálise é uma experiência de encontro e consentimento com a singularidade da existência de cada um.
A psicanálise não é para todos. Não é indicada para esta ou aquela patologia. Ela é para quem tem o desejo de empreendê-la e deparar-se, de modo consequente, com isso que é mais forte do que eu.

CANABIDIOL

O canabidiol (CBD) é uma das 113 substâncias químicas canabinoides encontradas na Cannabis sativa e que constitui grande parte da planta.

Ao contrário do THC não possui nenhum efeito psicoativo, em outras palavras, não dá o “barato”, ou “brisa”, nem produz intoxicação relacionado ao uso de maconha. O uso medicamentoso de canabidiol no Brasil está autorizado e regulamentado pela ANVISA desde 2015, uma vez que sua segurança e tolerabilidade estão muito bem documentadas em vários estudos científicos.

Inúmeros estudos em todo o mundo, com destaque para os estudos clínicos feitos na Faculdade de Medicina da U.S.P. de Ribeirão Preto, têm sido realizados sobre seu potencial terapêutico, destacando-se estudos pré-clínicos que demonstram grande potencial de efeitos anticonvulsivantes, neuroprotetores, anti-inflamatórios, anti-psicóticos.

Alguns estudos clínicos demonstram eficácia em casos de ansiedade, utilidade no manejo de casos de câncer com mitigação da dor, náuseas e aumento de apetite, dependências químicas, esclerose múltipla, esquizofrenia e autismo. Porém são estudos iniciais que precisam ser ampliados para comprovar sua eficácia.

Estudos clínicos demonstram melhora em sintomas não motores da Doença de Parkinson como alterações do sono REM (melhora na qualidade do sono), sintomas ansiosos e depressivos, sintomas psicóticos, urgência miccional, fadiga (cansaço) e outros. São efeitos muito importantes, pois grande parte da perda da qualidade de vida em pacientes com Doença de Parkinson é devida exatamente aos sintomas não motores da doença.

Em relação a quadros psicóticos, o canabidiol tem se mostrado útil para compor o tratamento ao lado do uso de anti-psicóticos tradicionais. Existem estudos com uso isolado do canabidiol em Esquizofrenia, porém são estudos iniciais e com uso de canabidiol em altas dosagens.

Em relação ao autismo alguns relatos de caso e pequenos ensaios apontam para a eficácia do uso de canabidiol, melhorando relacionamento interpessoal, linguagem e comportamento impulsivo e auto-destrutivo. Um grande e importante estudo sobre uso de canabidiol em autistas está sendo desenvolvido em Israel com previsão de término em 2019. Este estudo deverá trazer grande avanço no entendimento da utilidade de canabidiol no manejo do autismo.

É importante ressaltar que o uso medicamentoso do canabidiol ainda está em fase de estudos, estando muito bem documentado apenas para uso em epilepsias refratárias. Para as demais indicações, ainda está em estágio de investigação e os casos escolhidos para tratamento devem já ter passado pelos tratamentos bem estabelecidos pela literatura médica não obtendo bons resultados, justificando, assim, o uso de tratamento alternativo (uso compassivo).

Atualmente os medicamentos a base de canabidiol precisam ser importados, sendo necessária autorização da ANVISA. Em nosso consultório fornecemos todas as documentações e orientações necessárias para o processo de autorização na ANVISA e importação do medicamento.

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